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24 de julho de 2014

[Resenha] O Cavaleiro dos Sete Reinos - George R. R. Martin

Autor(a): George R. R. Martin
Editora: Leya
ISBN: 9788580448788
Páginas: 413
Tradutor: Marcia Blasques
Ano: 2014
Skoob



Sinopse: Duzentos anos após a Conquista, a dinastia Targaryen vive seu auge. Os Sete Reinos de Westeros atravessam um tempo de relativa paz, nos últimos anos do reinado do Bom Rei Daeron. É neste cenário que Dunk, um menino pobre da Baixada das Pulgas , tem uma chance única: deixar a vida miserável em Porto Real para se tornar escudeiro de um cavaleiro andante. Quando adulto, o cavaleiro morre e Dunk decide tomar seu lugar e fazer fama no torneio de Campina de Vaufreixo. É quando conhece Egg, um menino de dez anos, cabeça totalmente raspada, que é muito mais do que aparenta ser. Dunk aceita Egg como seu escudeiro e, juntos, viajam por Westeros em busca de trabalho e aventuras. Uma grande amizade nasce entre eles – uma amizade pela vida toda, mesmo quando, anos mais tarde, os dois personagens assumem papéis centrais na estrutura de poder dos Sete Reinos. As aventuras de Dunk e Egg trazem para os fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo a oportunidade única de vivenciar outro momento da história de Westeros, de conhecer e analisar fatos que teriam desdobramentos noventa anos depois, na guerra dos tronos.

O Cavaleiro dos Sete Reinos foi a mais nova publicação de George R. R. Martin, contido no universo das Crônicas de Gelo e Fogo, o livro conta a história de Westeros 90 anos antes de A Guerra dos Tronos. Na narrativa conhecemos o jovem cavaleiro Dunk e seu escudeiro Egg, que na realidade é nada mais nada menos que o filho do príncipe, Aegon Targaryen.

A obra é dividida em três partes, O Cavaleiro Andante, A Espada Juramentada e O Cavaleiro Misterioso.

O Cavaleiro Andante fala principalmente da vida de escudeiro de Dunk e como ele conheceu Egg e descobriu a natureza real deste. Se metendo em confusão o jovem Dunk consegue uma briga com um príncipe e a ajuda de outro, criando assim uma batalha familiar memorável e a dúvida de Dunk por se meter na vida da realeza ou não.

A Espada Juramentada conta uma parte das aventuras do cavaleiro andante, trabalhando para um Sor já esquecido de Westeros e acabando numa disputa de terras que envolve uma Viúva Vermelha que tem este nome devido à quantidade de maridos enterrados. No meio da confusão Dunk aprende um pouco mais sobre a história dos Targaryen, principalmente sobre a batalha entre o Dragão Vermelho e o Dragão Negro.

O Cavaleiro Misterioso narra a continuação das andanças dos dois e nos leva há um casamento de um Lorde não muito poderoso mas aparentemente com amigos bem interessantes, Dunk resolve ganhar dinheiro nas justas e mal sabe o perigo que ele e o menino príncipe correm, num covil de traidores.

Como todo livro de George R.R. Martin, a narrativa é cativante e mantém um ritmo bom, porém me chamou bastante atenção eu ter lido tudo em 2 dias, pra quem estava acostumado com quase um mês lendo cada obra das Crônicas de Gelo e Fogo isso é rápido até demais.

Outra surpresa foi a ausência completa de obcenidades, nenhuma descrição de pessoas fazendo sexo, nenhum seio à mostra, nenhum incesto real e , tão surpreendente quanto ou mais, número mínimo de mortes. Parece que o autor resolveu tirar essa fama de assassino tarado (minhas palavras) de seu histórico.

Particularmente eu gostei bastante do livro, a história é interessante e nos deixa com vontade de saber tudo o que acontece entre o fim do livro e A Guerra dos Tronos. Eu só fiquei com uma impressão do livro ter sido feito mais para adolescentes do que para adultos, com uma narrativa juvenil e até inocente, ou posso apenas estar espelhando a história no perfil dos protagonistas.

Enfim, para qualquer fã de George R.R. Martin, o livro está recomendado. E para aqueles que nunca tiveram coragem de ler As Crônicas de Gelo e Fogo pelo tamanho dos livros, O Cavaleiro dos Sete Reinos pode ser uma boa forma de tomar coragem.

9 de julho de 2013

[Resenha] O morro dos Ventos Uivantes - Emily Bronte


"Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue.."
Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas, incluindo os belos personagens de Stephenie Meyer.
Alguns livros te marcam para sempre este não foi diferente. Quando o peguei para ler, em toda sua capa clássica e trabalhada, esperava encontrar um romance lindo e épico, mal sabia que eu estaria embarcando na maior vingança literária e não literária da minha vida.
O livro conta a história de Catherine e seu irmão cruel onde seu pai adota um pequeno menino cigano, Heathcliff, e apesar de serem criados como irmãos de certa forma, cabia a Heathcliff ser o pequeno trabalhador. O livro se passa numa fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes, que nos remetem ainda mais a Inglaterra rural.
E acaba que o inevitável ocorre, Heathcliff se apaixona pela Cathy. Ela é bela, ousada, aventureira, e ele lindo, bruto e sem quase nenhum estudo. Mas Cathy não é valente o suficiente para ficar com o homem que ama, a medida que as convenções sociais falam mais alto e ela se entrega a Edgar Linton.
E dai se inicia a vingança.
Poderia discorrer por horas sobre a vingança de Heathcliff, mas simplesmente não haveria mais motivos para ler o livro.
Cathy foi meu personagem de ódio, se ela fosse apenas um pouquinho menos egoísta, mesquinha e mimada, ela poderia ter sido feliz.
Heathcliff é um homem belo, sofrido, bruto, com um coração despedaçado. Particularmente me apaixonei pelo seu ser e dores, ele é tão humano e tão doente em sua vingança.
O livro é narrado pela empregada do Morro dos Ventos Uivantes, Nelly, e se passa muito tempo depois de tudo isso ter ocorrido.
O livro apesar de clássico, graças ao dom de Emily Bronte é fluido e você deseja ler ardentemente. E este livro serviu apenas para confirmar minha teoria de que a vingança não compensa. Leiam e se apaixonam por esse amor proibido e surreal.

"..Meu maior cuidado na vida é ele. Se tudo desaparecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, eu ficaria só num mundo estranho, incapaz de ter parte dele. Meu amor por Linton. é como a folhagem da mata: o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, isso eu sei muito bem. E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly Eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho em meu pensamento. Não é como um prazer - por que eu também não sou um prazer para mim própria - , mas como meu próprio ser..."

14 de maio de 2013

[Resenha] Sonhos - The Soul Seekers - Livro 1 - Alyson Noel

Sinopse: Daire Santos é uma adolescente de 16 anos, filha de uma maquiadora de Hollywood, que namora estrelas de cinema e viaja com a mãe por todo o mundo. Até que coisas estranhas começam a acontecer com ela: visões com corvos e pessoas brilhantes, o tempo que para de andar, sonhos com um belo menino de olhos azuis-gelo.
Os médicos acham que se trata de um caso psiquiátrico. Sua avó, curandeira respeitada na pequena cidade de Encantamento, Novo México, afirma que pode curá-la com suas ervas e poções. Sem alternativa, Daire vai para uma cidade perdida no meio do nada, longe da mãe, e com a avó que até então não conhecia.
O que parecia ser o fim, no entanto, revela-se o início de uma grande aventura: guiada pela avó, Daire descobre ser uma Buscadora de Almas, descendente de uma linhagem poderosa que, através dos tempos, vem garantindo o equilíbrio entre o bem e o mal tanto no nosso mundo quanto em outros mundos e outras dimensões.

Minha opinião: Eu preciso começar essa resenha com um desabafo: eu realmente tento gostar dos livros da autora, mas novamente eu passei pela seguinte situação – o livro começa empolgante e quando estou mais ou menos na metade dele, torna-se um clichê. Mais alguém passa por isso com os livros da Alyson Noel?
Vamos a trama? Conforme explica a sinopse Daire vive com a mãe Jennika de set em set de filmagem pelo mundo. Seu pai morreu antes de saber que Jennika estava grávida (eles tinham a idade de Daire – 16 / 17 anos, na época em que isso aconteceu). Jennika acaba contando com a ajuda de seus pais por um breve período, o suficiente para estudar e começar a trabalhar como maquiadora em filmes.  Com isso, Daire não tem uma criação tradicional, estudando on-line e nunca se fixando em lugar nenhum. Ela aprende logo cedo a não se apegar a nada nem a ninguém. E é quando ela está em Marrocos, saindo com um ator teen famoso que ela tem realmente a primeira crise grave. Logo, ela é sedada por ter diversas crises e sua mãe não sabe direito o que fazer. A mãe de seu pai, Paloma, some depois da morte do filho, mas quando Daire começa a ver coisas que ninguém mais vê, ela simplesmente aparece.
Aqui eu faço uma pausa para comentar a minha opinião até esse trecho. Primeiro, eu gostaria de ter visto um pouco mais do mundo de Daire antes das mudanças em sua vida. Há uma longa narração falando dessa parte da vida dela, mas fica faltando “algo”, tornando o texto um pouco pobre de emoção. Segundo, como que uma avó que não tem contato há mais de 16 anos com elas, consegue o número do celular da Jennika? Magia? Hum, não sei, Paloma simplesmente encontrou rápido demais nora e neta.
Continuando...Sem saber o que fazer ( a outra opção é internar a filha em uma clínica psiquiátrica), Jennika aceita a ajuda de Paloma  e deixa Daire aos seus cuidados, na cidade de Encantamento. Apesar do nome bonito, a cidade não demonstrou muitos cenários agradáveis. Mas o clima do local combina com a parte mágica do livro, dando um ar misterioso. Chegando em Encantamento, Daire irá perceber que não está realmente ficando louca, mas sim que tem um dom de família muito poderoso e com isso uma grande responsabilidade. Paloma começa então a explicar e a “treinar” Daire, que logo ao chegar na cidade, dá de cara com Dace e Cade, os gêmeos que rondam os seus sonhos. Se Daire é uma jovem menos ingênua, definitivamente Dace é o pato desse livro. O coitado não sabe a verdadeira história da sua origem e não desconfia do irmão, o gêmeo malvado da história. Sinceramente, um triângulo amoroso envolvendo irmãos e ainda por cima gêmeos, foi o clímax do clichê.
Um personagem que me conquistou logo de início foi Xotichl e espero sinceramente que ganhe destaque nos próximos livros. É uma personagem pura, mas não é boba, e tem um dom raro e simplesmente lindo.
O livro possui alguns personagens bem interessantes, como o Chay e a mãe dos gêmeos, e o fato de misturar magia com descendência indígena ficou bem interessante, além da escolha dos nomes dos personagens. Espero sinceramente que os próximos livros da série sejam melhores.
Quanto ao layout, revisão e outros detalhes do livro; dou os parabéns para a editora Leya. A capa está linda, na parte interna temos alguns detalhes de penas de corvos bem bonitos e a revisão está muito bem feita. Se há alguma sugestão que eu gostaria de fazer, é que os demais livros da série tenham uma fonte maior.

Espero que tenham gostado da resenha.
Beijos
Carol

Autora: Alyson Noel
Editora: Leya
Ano: 2012
Páginas: 320
Avaliação: Bom

15 de outubro de 2012

[Resenha] Tinha tudo para ser um livro ótimo de suspense, mas...

Olá pessoal, tudo bem? Hoje a resenha é de um livro que eu estava muito curiosa para ler, porque muita gente me recomendou e quando eu peguei não me atraiu tanto. O livro é A Menina Que Não Sabia Ler, do autor John Harding, lançado pela Editora LeYa.

Sinopse: 1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?

Resenha: Eu peguei esse livro cheia de expectativas, achando que ia ser excelente, misterioso e surpreendente e não foi bem assim que aconteceu. O livro começa muito bom, prendendo a atenção e conseguiu me deixar curiosa para saber o resto da história de Florence.
Eu gostei muito da personagem principal, da sua imaginação e de como ela protegia seu irmão Giles, mas em certos pontos a personagem me irritou demais, a história é narrada pelo seu ponto de vista e às vezes ficava muito confusa, deixando muitas pontas soltas e quase nenhuma delas foi "amarrada" no final do livro.
Até a metade do livro eu não consegui parar de ler, para saber a razão de todo mistério envolvendo o sonho de Florence, porque seu tio não permitia que ela lesse e porque ele nunca estava presente. Uma coisa legal do livro é ver como a leitura influencia na imaginação de Florence, que se tornou fã de Poe, e fica bem claro como isso impulsionou a sua imaginação envolvendo toda a história do livro.
Os outros personagens servem mais como pano de fundo para a história que se desenrola depois da chegada da nova preceptora, Srta. Taylor, uma mulher misteriosa, que esconde muitos segredos e que logo se torna "inimiga" de Florence.
Enquanto Florence se aventura pelo mundo da leitura, ela tem que lidar a todo momento com as incertezas em relação a Srta. Taylor e por medo de não saber em quem confiar, acaba não revelando seu segredo a ninguém, com medo que a julguem louca.
O ritmo da história é acelerado, não dando tempo para digerir alguns pontos e acho que isso é mais um ponto fraco, a história parecia ser excelente, mas não me cativou.
O livro me pegou pela sinopse, eu gostei do tom de mistério e de todas as perguntas feitas, mas eu me decepcionei muito com ele, pois a maioria delas não é respondida e quando Florence começa a investigar a Srta. Taylor a história fica muito confusa e, infelizmente, entediante.
A história prometia ser um excelente livro de suspense, mas (na minha opinião) não conseguiu isso, as perguntas já iniciadas na sinopse, assim como muitas outras dúvidas que o autor vai colocando durante o livro, não tem respostas ou se tem não são satisfatórias.

Autor: John Harding
Editora: LeYa

Ano: 2010
Páginas: 282
Valor: R$22,00 a R$40,00
Avaliação: Regular (2/5)

17 de setembro de 2012

[Resenha] Um romance mágico e sobrenatural

Vocês pediram e hoje eu trago a resenha de "O Inverno das Fadas", da autora Carolina Munhóz. Eu gostei muito do livro e espero que vocês gostem da resenha. Eu não tinha lido nenhum livro da autora, apenas conhecia seu trabalho no Potterish, mas gostei muito do jeito que ela escreve.

Sinopse: Existem pessoas normais em nosso planeta. Homens e mulheres simples que nascem e morrem sem deixar uma marca muito grande ou mesmo significativa na humanidade. Mas existem outros que possuem talentos inexplicáveis. Um brilho próprio capaz de tocar gerações. Como eles conseguem ter esses dons? De onde vem a inspiração para criar trabalho maravilhosos? São cantores com vozes de anjos, artistas com mãos de criadores e escritores imortais. Existe uma explicação para isso. Sophia é uma Leanan Sídhe, uma fada-amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar um homem a escrever um best-seller ou criar uma canção para se tornar um hit mundial. A fada dá o poder para que a pessoa se torne uma estrela, um verdadeiro ícone, ao mesmo tempo em que se aproveita da energia do escolhido para alimentar-se. Causando loucura. E morte.


Resenha: Comecei a ler O Inverno das Fadas meio desanimada por ter visto tantas críticas (negativas) do livro, mas já de início de me encantei com a história da fada Sophia. Ao contrário do que muita gente não gostou, eu adorei as referências musicais e do mundo pop, e reconheci a maioria dos "personagens" citados, como Kurt Cobain e Amy Winehouse.

Eu achei Sophia um doce de pessoa, ou de fada, e adorei a forma como ela foi apresentada, frágil e forte ao mesmo tempo, mas sem perder o carisma. E como não se apaixonar por William Bass? O escritor é doce com as palavras e é possível perceber já de cara que o amor entre os dois é verdadeiro, e que William não desistiria tão fácil de Sophia.
"Eu nunca iria querer estar em outro lugar que não fosse ao seu lado. Promete nunca mais pensar o contrário?" (pág 42)
Ao longo do livro nós vamos descobrindo a profundidade do romance dos dois e como isso faz com que Sophia sofra. William é muito talentoso e carismático, e tem uma parte no livro entre os dois que eu achei linda (e não vou citar aqui pra não estragar a surpresa), mas teve um significado imenso para Sophia e suas marcas.
Outros personagens vão surgindo na história, como o avô de Sophia, Arawn, o governador de um dos locais onde os Sídhes vivem, Annwn. Eu gostei do personagem, apesar dele ter de ser firme por ser governador, ele é doce com Sophia. Para falar a verdade, eu achei quase todos os personagens doces, o livro como um todo é ótimo de se ler, tem uma narrativa que não me deixou desprender a atenção e eu me encantei por Sophia e William.
A personagem mais chata da história é Louise, uma garota que se veste como gótica e tem uma paixão por William. Eu achei a personagem muito chata e entediante, e acho que foi isso que a autora queria passar, sem falar que ela problemática ao extremo.
O Inverno das Fadas é lindo, encantador, repleto de doçura, mas tem umas partes mais obscuras que combinaram perfeitamente com o clima do livro e o que Sophia representava por ser uma Leanan Sídhe. O nome dos capítulos são todos trechos de música, e eu conhecia a maioria delas, por isso achei que combinava com os capítulos e o que acontecia neles.
"Sophia levou um susto, pois sentiu o poder do olhar do padre. Sabia que ele a havia enxergado e percebeu a sabedoria nas palavras dele." (pág 195)
O livro tem uma grande reviravolta, isso é decisivo para decidir o caminho do relacionamento de Sophia e William e as consequências com que ambos terão de lidar. O padre e o avô de Sophia tem grande importância nessa parte do livro, e eu achei essa parte muito bem elaborada.
A diagramação do livro é simples, mas bonita e delicada, não me recordo de ter achado erros de revisão e a capa do livro é linda (foi a que eu votei para ser escolhida hehe). O Inverno das Fadas é um livro romântico, mas que me deixou pensando nas loucuras que os artistas fazem pela fama e na existência de Leanans Sídhes, vai ver elas realmente existem né? Eu super recomendo a leitura!

Autora: Carolina Munhóz
Editora LeYa
Ano: 2012
Páginas: 299
Valor: R$19,40 a R$26,90
Avaliação: Excelente!

3 de agosto de 2012

[Resenha] Entre a vida e a morte sobra tempo para metáforas?

Olá pessoal! Hoje eu trago uma resenha de um livro que eu ganhei no top comentarista no blog Murmúrios Pessoais da Gleice Couto. O livro se chama "Sangue Quente" e está sendo produzido um filme baseado nele, que vai ser exibido em fevereiro de 2013.

Sinopse:


R é um jovem vivendo uma crise existencial - ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a "vida" de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro. Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.