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20 de outubro de 2014

[Resenha] @mor - Daniel Glattauer

Autor: Daniel Glattauer
Editora: Suma de Letras
ISBN:
Páginas:
Tradutor:
Ano:
Skoob
Avaliação: 5/5

Sinopse:Num e-mail enviado por engano, começa um relacionamento virtual que testa as convicções de Leo Leike e Emmi Rothner. Leo Leike, ainda digerindo o fracasso de seu último relacionamento, responde de forma espirituosa a duas mensagens enviadas por engano por Emmi Rothner, casada. Inicialmente, ela só queria cancelar uma assinatura de revista.Depois, inclui Leo por engano entre os destinatários de um e-mail de boas festas. Na terceira troca de e-mails, o mal-entendido dá lugar à atração mútua, reforçada pelo fato de um nunca ter visto o outro. Nada como a curiosidade instigada por frases bem encadeadas chegando a intervalos regulares numa caixa postal eletrônica para que os dois se esqueçam dos possíveis impedimentos. A cada dia, Leo e Emmi se sentem mais impelidos a marcarem um encontro. Após trocas contínuas de mensagens, está claro para ambos que o marido dela e as feridas emocionais dele não serão obstáculos para que marquem um encontro. O único obstáculo real é a insegurança de ambos quanto à transformação da fantasia em realidade. O austríaco Daniel Glattauer dá nova vida à tradição epistolar em @mor, primeiro de dois romances que exploram um relacionamento sustentado basicamente em trocas de e-mails. Romance de estreia de Glattauer e campeão de vendas na Alemanha e na Espanha, o livro explora, sob roupagem moderna, sentimentos familiares a amantes de todas as gerações.

Antes de ser blogueira, sou leitora, e ver a Nica, do Drafts da Nica, falar tanto desse livro me fez ficar tão curiosa que li e devorei. Esse livro é um romance epistolar(palavra que aprendi com ela) e o seu diferencial é ser escrito só por e-mail.Já que trouxe a tona essa palavra nova:epistolar, nada mais honesto explicar. Romances epistolares são aqueles que são escritos através de cartas, diários, e-mails(que não deixa de ser uma carta). Sou muito apaixonada por eles.

O livro começa com a Emmy, que ao enviar aqueles e-mails de fim de ano para várias pessoas manda sem pretensão para o Leo, a partir daí uma relação se desenvolve. Até hoje não consigo definir por meio de rótulos, amizade, romance, amante; a relação desses dois.Eles trocam uma série de e-mails e dessa forma conhecemos suas personalidades e vidas de uma forma que tinha tudo para ser distante e impessoal se mostra muito íntima.

Muitos leitores vieram até mim na época que li o livro dizer que não tinha gostado tanto assim, bom, eu tenho dois motivos para ter amado tanto e tentarei explicitar aqui.

Um, eu me conectei de maneira muito pessoal com a vida desses dois personagens.Eu tenho um amigo muito querido que troco e-mails há anos e ao ver a forma como o relacionamento de Emmi e Leo se desenrola lembra o nosso. Embora nossa amizade seja apenas amizade, eu podia ver em inúmeros momentos o nosso relacionamento ali. A forma como não apenas trocamos segredos, declarações e risadas, mas como de certa maneira documentamos nossa vida.

“(...)você me aceita como eu sou.”

A outra foi como o texto apesar de ter tudo para ser impessoal foi extremamente íntimo e profundo. Eles desenvolvem uma relação tão bonita e real que nos toca. Emmi poderia ser qualquer mulher casada por ai, com filhos e um casamento comum. Leo poderia ser qualquer homem fadado a relacionamentos ruins e o destino os uniu com um proposito que só será solucionado de fato na continuação de @mor.

Eu me apaixonei pela narrativa irônica e divertida do autor. Ele tem uma forma tão não óbvia de escrever que realmente adorei.Eles são humanos, ironicamente humanos para dois personagens fictícios, eles nos comovem, nos fazem pensar e nos guiam.

“Eu estou ficando dependente de você.”

Se recomendo @mor? @mor entrou para a lista de uma das melhores leituras desse ano.

 “Pra mim, você é como uma segunda voz dentro de mim, que me acompanha durante o dia a dia.

(...)tenho medo de perder a minha “ segunda voz”.Eu quero mantê-la.Quero lidar cuidadosamente com ela.Ela se tornou imprescindível pra mim.”

26 de janeiro de 2014

[Resenha] Um Gato de rua chamado Bob - James Bowen



Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.


Um gato de rua chamado Bob narra a história verídica de James Bowen, o autor, que se vê aos quase 30 anos um dependente químico em recuperação, sozinho, morando num lugar medíocre, tocando nas ruas de Londres e sem objetivo até encontrar na soleira do apartamento vizinho um gato. Maltrapilho, sujo, doente, magro e laranja.
Ele se encanta de primeira, porém acredita que o vizinho é o dono e mantém distancia. Quando James descobre que o laranjinha é um gato de rua, se afeiçoa e o leva para sua casa, e assim começa a história.

“ Talvez ele tivesse visto em mim uma alma semelhante.”

O livro me afetou um bocado. Havia comprado ele há algum tempo, mas pela minha mãe do que por mim, em função de ter uma mãe alucinada por gato. Vivi e ainda vivo cercada de gatos e esta é a forma que vivo há dezessete anos, então eu sabia que o livro me afetaria pelas semelhanças, mas não é esse ponto.

“(...) De certa forma, ele estava devolvendo minha identidade.Eu tinha sido uma não pessoa, e estava me tornando uma pessoa novamente.”

Quando um livro conta uma história real, você já o lê com outro olhar. Aos poucos, ao sabermos a história de Bob e James nos enchemos de compaixão e nos deparamos com a quantidade de almas soltas pelo mundo necessitada de muitas segundas chances.

“(...) Tinha uma boca a mais para alimentar – uma boca faminta e manipuladora.”

James é muito real, e sua narrativa é tão simples, tão direta que nos guia apenas pela necessidade de sabermos mais, nada mais. Seu passado não é belo, mas duro. Sua família, seus amigos, seu vício. É muito duro para nós quando lemos suas crises com drogas e saber que elas foram reais nos doí ainda mais. Além disso, o amor que ele desenvolve por Bob é tão puro, belo e real que nos emociona.

“Bob e eu tínhamos muito em comum.Talvez por isso o vínculo houvesse se formado tão rápido – e estivesse crescendo de forma tão profunda.”

Bob em muitos momentos é algo além de um gato, muitos pontos que o autor traz eu já havia percebido em meus próprios gatos como por exemplo: Gatos tem personalidade e a de Bob é ímpar. Ele tem uma ironia, uma alegria, uma confiança, uma lealdade que me comoveu e me desejou ter um Bob para mim... Ele é o melhor amigo que qualquer ser gostaria de ter.

“(...) Ele era uma bela criatura, não havia dúvida. Mas não era apenas isso. Havia algo mais em Bob.”

A amizade que é desenvolvida é um exemplo a seguir, de lealdade e de confiança. É lindo o quanto vemos esse relacionamento se desenvolver.
A narração do livro é fantástica, simples, direta e sem objetivo de ser literária, apenas uma narração de fatos que nos faz crer e perceber o jeito que a vida dá segunda chances.

“(...) Era como se alguém houvesse puxado as cortinas e lançado um pouco da luz do sol em minha vida. É claro que, de certa forma, alguém havia feito isso mesmo.”

Editora Novo Conceito foi feliz em sua tradução e o carinho com o livro, colocando patinhas e a sombra de um gato na parte de trás do livro. A diagramação foi impecável e simples como o livro pedia.

“Nós estávamos juntos, e nenhum de nós queria que isso mudasse.”

Recomendo este livro a todos que amam gatos, e tem um bichinho de estimação e sabe o quão especiais eles são para nós. Um gato de rua chamado Bob me comoveu, porque nos narra uma história de superação e segundas chances que sempre são necessárias.

“Éramos eu e Bob contra o mundo mais uma vez. Foi como se eu nunca houvesse me afastado.”



A

7 de novembro de 2013

[Resenha] O Momento Mágico - Jeffrey Zaslow

Autor: Jeffrey Zaslow
Editora: Editora Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-192-9
Páginas: 316
Ano:2013
Skoob
Avaliação: 4/5

Em uma cidadezinha, a 100 quilômetros de Detroit, há uma loja antiga com mais de 78 anos que se tornou um ícone em roupas para casamento e vestidos de noiva. Por ali já passaram mais de cem mil moças: noivas, mães e madrinhas. Seus vestidos vão além de roupas elegantes para mais uma cerimônia: eles representam, no imaginário das noivas e de seus pais, a garantia de uma noite de princesa, um símbolo do “felizes para sempre”.
Para estas moças, este lugar é, certamente, uma linha divisória: de um lado está a fé no amor e no romance e, do outro, a ingenuidade e o medo.
Da substância desses sentimentos contraditórios, Jeffrey Zaslow selecionou histórias que às vezes nos fazem rir, às vezes nos partem o coração, mas que oferecem um panorama do que é o casamento e do que as famílias ensinam às suas filhas sobre amor e compromisso.

Admito que quando peguei esse livro da Came para ler estava super animada, embora imaginasse que o livro abordaria apenas a história da loja de vestidos de noiva, Becker’s Bridal,  como ela surgiu e se manteve após 70 anos de história.
Quando comecei a ler e vi que a narração tinha um tom de documentário, desanimei, por puro medo e preconceito de enfrentar 300 páginas de uma narração seca e impessoal, mas o livro se mostrou tudo exceto isso. O livro conta a história da loja, desde sua criação em 1934 com a Vovó Eva até o dia de hoje com a Shelley, sendo o livro escrito em 2010. Além disso, o livro nos mostra histórias diferentes e emocionantes sobre diferentes noivas.
Os capítulos intercalam a vida de Shelley, dona da loja e neta da fundadora, e como ela trabalha uma jornada de mais de 12 horas durante seis dias por semana, como isso afetou sua vida pessoal desde a infância até hoje. Foi profundo saber disso, saber o quanto um negócio de família afetou a ela, a seus filhos, principalmente a Ashley que trabalha junto a ela e como ainda assim ela ama aquele negócio.
Outro ponto importante são as noivas, todas as histórias me emocionaram de forma singular. Desde a noiva que havia feito um voto de pureza que só beijaria o homem que se casaria, a noiva que casou-se aos 40 anos, a noiva que perdeu sua mãe de forma abrupta, até aquela que estava se casando pela segunda vez. Algumas destas histórias, que são reais, quase me arrancaram lágrimas dos olhos e isso me surpreendeu.
O livro escrito perfeitamente por Jeffrey Zaslow, que faleceu há um ano, foi seu último livro e como isto deixou a sua marca e a sua lição. Podemos achar o amor de todas as formas e em todos os lugares, basta que olhemos para isso e este foi a sua missão, mostrar que o amor está em todas as formas e lugares, que belas histórias não estão destinadas apenas aos livros.E através de sua narração, simples, detalhista e emocionante me cativou.
A Editora Novo Conceito está de parabéns por todas as imagens e detalhes que deram toda a magia que o livro nos transmite. Minha única ressalva é um errinho de diagramação na página dezenove.

Aconselho esse livro a todos que gostam de ler sobre o amor, e desejam uma nova forma de se encontrar a ele. Recomendo a todos que ainda creem no casamento e que veem nele o início de uma nova etapa de vida.

9 de julho de 2013

[Resenha] O morro dos Ventos Uivantes - Emily Bronte


"Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue.."
Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas, incluindo os belos personagens de Stephenie Meyer.
Alguns livros te marcam para sempre este não foi diferente. Quando o peguei para ler, em toda sua capa clássica e trabalhada, esperava encontrar um romance lindo e épico, mal sabia que eu estaria embarcando na maior vingança literária e não literária da minha vida.
O livro conta a história de Catherine e seu irmão cruel onde seu pai adota um pequeno menino cigano, Heathcliff, e apesar de serem criados como irmãos de certa forma, cabia a Heathcliff ser o pequeno trabalhador. O livro se passa numa fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes, que nos remetem ainda mais a Inglaterra rural.
E acaba que o inevitável ocorre, Heathcliff se apaixona pela Cathy. Ela é bela, ousada, aventureira, e ele lindo, bruto e sem quase nenhum estudo. Mas Cathy não é valente o suficiente para ficar com o homem que ama, a medida que as convenções sociais falam mais alto e ela se entrega a Edgar Linton.
E dai se inicia a vingança.
Poderia discorrer por horas sobre a vingança de Heathcliff, mas simplesmente não haveria mais motivos para ler o livro.
Cathy foi meu personagem de ódio, se ela fosse apenas um pouquinho menos egoísta, mesquinha e mimada, ela poderia ter sido feliz.
Heathcliff é um homem belo, sofrido, bruto, com um coração despedaçado. Particularmente me apaixonei pelo seu ser e dores, ele é tão humano e tão doente em sua vingança.
O livro é narrado pela empregada do Morro dos Ventos Uivantes, Nelly, e se passa muito tempo depois de tudo isso ter ocorrido.
O livro apesar de clássico, graças ao dom de Emily Bronte é fluido e você deseja ler ardentemente. E este livro serviu apenas para confirmar minha teoria de que a vingança não compensa. Leiam e se apaixonam por esse amor proibido e surreal.

"..Meu maior cuidado na vida é ele. Se tudo desaparecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, eu ficaria só num mundo estranho, incapaz de ter parte dele. Meu amor por Linton. é como a folhagem da mata: o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, isso eu sei muito bem. E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly Eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho em meu pensamento. Não é como um prazer - por que eu também não sou um prazer para mim própria - , mas como meu próprio ser..."

17 de junho de 2013

[Resenha] Sem promessa, sem compromisso - Nora Roberts

 "-Por que está insistindo comigo? - perguntou ela(...) -Porque quero você. -Ele ficou perto, o bastante para que o cheiro dela o envolvesse." (Página 79, versão de bolso.)


Sinopse: O produtor David Brady deseja fazer um documentário especial sobre paranormalidade. Para o programa ter mais impacto, ele convida a vidente Clarissa DeBasse. Mas Clarissa precisa que sua agente, Aurora Fields, concorde com a participação, e faz com que Brady e Aurora negociem diretamente. Eles logo se sentem atraídos, e muitos segredos começam a ser revelados, mudando o rumo da vida de todos para sempre…

Resenha: Nora Roberts, assim como Meg Cabot, Stephen King e outros, sempre contagia nossos olhos em livrarias e em blogs literário, e por este motivo, ao ir a biblioteca que frequento, me arriscar com Nora Roberts.
O livro nos introduz Clarissa de Basse, uma mulher sensitiva e com uma personalidade singular, irônica e repleta de sarcasmo que é convidada por David Brandy, nosso mocinho, para fazer um documentário sobre coisas de cunho paranormal.
E através disso, David conhece A.J.Fields, nossa mocinha e agente de Clarissa. E o livro se desenrola. David Brandy é um mocinho interessante, foge daquele esteriótipo de podre de rico e lindo de morrer, embora ele tenha algum dinheiro e beleza. Ele nos conquista, com sua sinceridade, objetividade e seu romantismo disfarçado. Ele é direto com a A.J desde o principio e não pensamos em amor e paixão tão cedo.
A.J.Fields é a nossa caixinha de surpresa, ela esconde mistérios sobre si e sua relação com Clarissa.Personalidade irônica, forte, madura, e completamente desapaixonada da ideia de se apaixonar. E junto a ela temos a sua quase dupla personalidade, Aurora, uma mulher doce, meiga e apaixonada, além do romantismo.
Eu gostei de sua participação, fugindo das mocinhas comuns que existem por ai, e vemos o quanto ela sofreu.
O livro é bem clichê, mas ainda assim uma leitura que vale a pena, pela leveza da escrita de Roberts, pelo casal que embora fuja um do outro não nos enche a paciência e claro pelo romance fofo.
Um livro para se ler entre um livro e outro, após uma ressaca literária e para distrair sua mente.
Merece também um destaque em relação as cenas mais apaixonadas, por assim dizer, do livro, possuir mais um valor sentimental e psicológico, encobrindo as partes físicas.
Um livro que vale a pena e que me fez querer saber um pouco mais sobre Nora Roberts.

"(...)Continuariam a se ver enquanto os dois quisessem.Sem promessas,sem compromissos.Quando ele decidisse se afastar,ela precisava estar pronta."(Página 148, edição de bolso)