Autor(a): Loretta Chase
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580414752
Páginas: 304
Ano: 2015
Skoob
Avaliação: Ananda: 5/5 + ♥ / Luke: 4/5
Li este livro junto com o Luke, do Capa & Título, as opiniões do Luke estão em azul e as minhas em vermelho.Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580414752
Páginas: 304
Ano: 2015
Skoob
Avaliação: Ananda: 5/5 + ♥ / Luke: 4/5
Meu primeiro contato com romances de época ocorreu em O Príncipe dos Canalhas e eu me apaixonei de cara pelo gênero. Assim que soube do lançamento de mais um livro da Loretta, já fiquei ansiosa e com as expectativas lá no alto. Felizmente, elas foram atendidas.
Vere Mallory, é o duque de Ainswood. Ele é considerado um devasso na sociedade naquela época, um homem irredutível e conhecido com sua frieza e sem escrúpulos. Em uma movimentação onde estava passando ela se depara no meio de uma briga entre uma cafetina e a jornalista Lydia Grenville. Ela é uma jornalista competente e escritora do livro “Rosa e Tebas”, usando um pseudônimo. Nessa briga Lydia se tornou um alvo para o duque, pois o colocou no seu devido lugar e ainda por cima se tornou motivo de chacota. Os dois são impulsivos e não conseguem segurar as suas palavras. Então, o que seria uma mero desentendimento, virou um jogo de provocações. O que eles não esperavam é que um sentimento fatal nasceria em meio a um alvoroço de brigas. Uma mulher que não acredita em romance versus um homem frio e machista. A regra desse jogo é quem será mais humilhado, mas a luta pela atração é o que predomina nesse casal tão atípico e intenso.
Em O Último dos Canalhas somos
apresentados a Vere Mallory, duque de Ainswood, um homem sem nenhum escrúpulo e
completamente libertino. Sua vida foi marcada por tragédias, as quais fizeram
com que ele se tornasse muito fechado e frio. E também conhecemos Lydia
Grenville, uma jornalista dedicada e um tanto impulsiva, com uma bagagem de
histórias tristes. Suas vidas não possuíam nada em comum e não haveria motivo
nenhum para se cruzarem, mas por força do destino os dois se envolvem em uma
confusão num beco. Estaria tudo bem, não fosse o fato de Lydia ter nocauteado
Vere e acabado com sua reputação.
Conhecemos Vere Mallory em “O Príncipe dos
Canalhas”, em uma cena em que ele ofende Jessica, a recente esposa de Lorde Belzebu.
Ali já tínhamos um mero conhecimento de como o duque era, mas não chega aos pés
do que se é apresentado nesse livro.
Um homem
libertino e que não tem nenhuma perspectiva do futuro, tem uma história de
perdas e isso acarretou um pouco sobre o que ele é no presente. No entanto, na
veia dos Mallorys tem um grande histórico de homens semelhantes a ele. Ele no
começo da história se mostrou um homem insuportável, mas nada que uma mulher
decidida e com pulso firme não coloquei alguém como ele em seu devido lugar.
Lydia é uma mulher doce, que também sofreu suas perdas. No entanto, a história
de sua família é um tanto triste. Mas as tristezas não interferiram em sua
personalidade, o que pode ter ajudado. Ela é independente e que luta pelos seus
direitos. Uma jornalista que denuncia os nobres, que são responsáveis pelos
problemas da sociedade. O mais interessante na história desse casal é o quão
são diferentes e mesmo assim a atração é avassaladora.
Mais uma vez a autora criou personagens que me encantaram de
cara e uma trama envolvente. O início meio lento não tira o mérito da história,
pois Loretta continua com sua escrita fluida e consegue intercalar várias
vertentes sem perder a noção. A narrativa em terceira pessoa foi ideal para o
desenvolvimento, pois permite traçar um panorama geral de toda a situação e
ainda assim não se perder em um plot.
O enredo
é recheado de provocações e insinuações vindas de ambos os lados. A cada
capítulo é uma circunstância que eles estão juntos um jogando farpas no outro.
Isso tornou a leitura divertida e empolgante. Confesso que no início a leitura
não foi tão animadora, mas aos poucos fui me envolvendo com os protagonistas e enfim,
consegui engrenar na trama.
Convenhamos que Vere não é o príncipe encantado, mas Lydia
também não é nenhuma donzela em apuros, coisa que ela faz questão de deixar
claro durante todo o livro. E isso é um dos pontos mais positivos da história,
essa desconstrução de conceitos pré-concebidos que existiam na época em que o
romance se passa. O enredo ainda possui altas doses de suspense e humor que o
tornam mais atrativo e mais crível.
Outro ponto muito positivo é que o romance desenvolvido
entre os dois personagens não sobrepõe os outros arcos. Ele possui sua
importância, porém não é o centro de tudo, abrindo espaço para a resolução de
outras partes da história que também são muito importantes. O clímax do enredo
chega quase no final e não é decepcionante.
Loretta
tem o domínio e a capacidade de criar personagens fortes e memoráveis. Dessa
vez não foi diferente. Dois personagens que divergem com seus pensamentos, são
alvos de um amor avassalador e intenso. Ela também introduz como em seu livro
anterior, um bom humor e uma grande colherada de drama. Personagens do livro
anterior também aparecem e são importantes para um desfecho da história.
Eu acho incrível a forma como a autora consegue amarrar as
cenas de forma que quando cheguei ao final do livro todas as pontas soltas
tivessem resposta. Isso é algo que considero complicado de se fazer em uma
história única, porém ela consegue com maestria.
Para
quem é fã de romance de época, amou o primeiro livro (O Príncipe dos Canalhas),
essa é uma ótima dica de leitura. Uma leitura que consegue envolver e cumprir a
missão de leva-lo ao cenário, consequentemente leva-lo àquela época. Uma obra
com um humor ácido, drama, romance e ação, são ingredientes de uma boa leitura
e com uma trama instigantel.
Eu indico esse livro mil vezes, não apenas a quem gosta do
gênero. Mesmo que ele faça parte de uma série é possível ler e entender sem
precisar dos outros. O Último dos Canalhas possui uma
história forte, divertida e apaixonante, um prato cheio para quem gosta do
gênero e ótimo para quem quer conhecer.
Confira também a resenha de O Príncipe dos Canalhas aqui.