Autor(a): Kass Morgan
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501400598
Páginas: 288
Ano: 2014
Avaliação: 2/5
Sinopse: Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles... ou uma missão suicida.
The 100 – Os Escolhidos
se passa num mundo pós-apocalíptico (alguns podem dizer que é distopia, mas eu
não vi absolutamente nada de
distopia na história). Depois que ocorreu uma guerra nuclear na Terra, os
sobreviventes se mudaram para uma nave espacial (Arca) vivendo numa espécie de
colônia dividia em três partes: Phoenix, onde era a parte “rica” dos
sobreviventes e as outras duas eu entendi que eram as partes “pobres”: Walden e
Arcadia. O livro começa com o envio de cem delinquentes juvenis para a Terra a
fim de descobrir se ela já pode ser habitada.
A primeira incoerência que
encontrei no livro foi a chegada deles a Terra, apenas 300 anos após a guerra,
era de se esperar que um mundo que sofreu uma guerra nuclear estivesse
completamente devastado, mas não, a Terra estava lá linda e fresca, pronta para
ser habitada novamente (oi?).
O que mais me incomodou no livro
foi a divisão dos capítulos entre quatro personagens: Clarke, Wells, Glass e
Bellamy.
Pausa dramática
Demorei quase que o capítulo
inteiro para descobrir que Bellamy era homem.
Fim da pausa dramática
Não só a divisão dos capítulos
entre os personagens me incomodou, mas a personalidade deles próprios (ou de
quase todos, até gostei da Glass), Clarke foi apresentada de início como uma
órfã que deveria ser durona, mas na primeira dificuldade só me faltou a garota
andar em círculos feito um peru tonto. Wells, ah Wells, filho do Chanceler (a
pessoa que comanda a nave, meio que um presidente), ele tinha a faca e o queijo
na mão para ser o “herói” da história, que arrisca tudo para ir junto com a
garota que ama. Mas não, ele conseguiu ser um personagem mais temperamental e
fazendo mais mimimi que eu durante a TPM.
Bellamy era um garoto de Walden,
completamente desconhecido, mas que arranjou uma forma de embarcar no módulo de
transporte a Terra para acompanhar sua irmã mais nova, Octavia. Meu problema
com Bellamy foi: ele é muito ingênuo e tenta agir como um galo de briga. Sério,
não dá. E por fim temos Glass, de longe a com o gancho de história mais
misterioso, porque a cada cinco frases pelo menos uma era “mas ele não sabe o
que eu fiz”. Até aí tudo bem, mas no meio dessa bagunça toda, eles me criaram
um triângulo amoroso entre Clarke/Wells/Bellamy, que eu não faço ideia de onde
surgiu e eu fiquei: hã?????.
O problema maior, porém, foram as
milhões de pontas soltas e caminhos que a autora não soube aproveitar, ou
desenvolver. A tentativa dela de criar um suspense com todos os momentos Demi
Lovato você não sabe o que eu passei foi falha, a adaptação dos
personagens a Terra foi falha, praticamente tudo foi falho. Uma das poucas
partes em que Kass foi feliz foi nos flashbacks, ela soube inserir cada memória
do passado no momento certo e correlacionar na história presente. Pena que não
foi o suficiente para salvar o livro. Outra parte feliz foi com Glass, que
conseguiu se “salvar” de ser enviada a Terra, o que eu penso que foi a forma da
autora mostrar o que acontecia na Arca.