Autor(a): Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633145
Ano: 2013
Páginas: 320
Skoob
Avaliação: 4/5 + ♥
Sinopse: Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.
A lição de um homem é o conto de outro homem, mas, frequentemente, o conto de um homem pode ser uma lição para o outro.Comecei a leitura de O Presente um pouco temerosa, só havia lido dois livros da autora, um deles foi favoritado, o outro eu queria jogar longe de raiva. O fato é: Cecelia escreve livros que possuem um fundo moral e, na maioria das vezes, emocionam. O livro conta a história Lou Suffern, um homem viciado em trabalho e que não dá a devida atenção a sua família.
Confesso, achei o início do livro bem entediante e por um
momento fiquei com medo de repetir o sentimento causado por O Livro do Amanhã. A sorte foi que com
o desenvolvimento da história quase tudo melhorou. Lou não é uma pessoa boa,
pelo menos no início do livro, ele é egoísta, insensível, consigo listar um
número enorme de defeitos dele, mas não é disso que se trata a história. O
livro apresenta também outro personagem muito importante, Gabe, um mendigo que passava
os dias sentado na frente do edifício onde Lou trabalhava.
A “amizade” que surge entre os dois é totalmente inesperada,
mas me levou a pensar em até que ponto Lou era amigo de Gabe? Ambos eram
pessoas totalmente opostas, enquanto Lou era arrogante ao extremo, Gabe era
bondoso e preocupado com o amigo. E é disso que a história fala, de como às
vezes na nossa vida tudo o que precisamos é que alguém entre nele e nos mostre
onde estamos errando, e o que podemos fazer para mudar isso.
Um dos muitos aprendizados de O
Presente é o valor do que está ao nosso redor, que a correria do
dia a dia não nos deixa perceber (e aproveitar) as “pequenas oportunidades” que
a vida nos dá, e que o tempo é precioso. E foi isso que me conquistou no livro,
mesmo sendo uma história que se passa em um clima natalino, a lição que ela dá
serve para qualquer momento. Foi, digamos, um pequeno tapa na minha cara,
porque no início não dava nada pela história e o final me surpreendeu de muitas
formas. Aprendi tanto quanto o “garoto do Peru” (e quem é esse, vocês só vão
descobrir lendo).
Terminei a leitura com um sorriso no rosto, e um leve aperto
no coração. A história é linda, Cecelia acertou em cheio na escolha das
palavras e conseguiu tirar aquela desconfiança que eu tinha dos seus livros.