22 de dezembro de 2012

[Resenha] Uma história metafórica e emocionante

Sinopse: Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas?

Resenha: Quando soube que J.K. Rowling iria lançar um novo livro, me empolguei na hora, afinal ela é A  responsável pelo minha iniciação na leitura. Foram cinco anos de longa espera desde o fim de Harry Potter, mas engana-se quem pensa que Morte Súbita tem algo a ver com o livro que impulsionou a autora.
Comecei a ler Morte Súbita com um quê de estranheza, não pela história não ter absolutamente nada com Harry Potter, mas sim por causa da enorme gama de personagens e histórias. O arco central gira em torno não da morte de Barry, mas do impacto que a morte dele causa em Pagford, como por exemplo o estado de vacância no Conselho Distrital. A causa da morte de Barry não é um mistério, não tem nada de horripilante nem de suspense, mas serve como um ponto chave para mostrar a ignorância de alguns dos personagens em relação a termos médicos, por exemplo.
O livro envolve muitos personagens e isso causa um pouco de confusão no início, e deixou a leitura um pouco cansativa por causa das muitas explicações sobre a história de cada um, mas conforme a leitura foi se desenvolvendo, as histórias antes desconexas criam uma ligação e daí em diante o livro deu uma guinada enorme no sentido de qualidade.
Outro ponto interessante do livro são os adolescentes, J.K. passou bem a imagem da "adolescência desvirtuada", como o livro é narrado em terceira pessoa há uma abertura grande para mostrar os sentimentos e pensamentos de cada um dos adolescentes, mas é fato de que o destaque do livro vai para Krystal Weedon.
Krystal é uma garota de uma família extremamente conturbada, sua mãe é viciada em drogas e por conta disso a garota apresenta um comportamento um tanto quanto violento, mas no fundo Krystal não é nada além de uma jovem assustada, com problemas, apesar disso tudo é possível enxergar além da sua personalidade e encontrar uma menina doce, isso ficou bem evidente quando ela está com seu irmão mais novo, Robbie.
A vaga que Barry deixou desencadeia uma série de acontecimentos, alguns até cômicos, como os ataques constantes ao site do Conselho, em que alguns dos jovens deixam mensagens revelando segredos principalmente os seus pais, por meio de um pseudônimo. A eleição para a cadeira vaga toma proporções imensas, fazendo com que algumas verdades que todos preferiam ocultar venham a tona.
O desfecho do livro é emocionante, nas últimas páginas foi impossível parar de ler e quando chegou ao fim, eu confesso, que fiquei com um nó na garganta por conta do que aconteceu no livro. Morte Súbita mostra mais uma vez a genialidade de J.K., provando que sabia desde o início o risco que corria escrevendo uma história tão diferente daquela que a deixou famosa, e ao mesmo tão metafórica e profunda. O começo do livro não me agradou muito, mas eu me identifiquei com a leitura e os personagens depois de um tempo, seus sentimentos, dramas e contradições.
Morte Súbita tinha tudo para dar errado como livro, mas não deu simplesmente pelo fato de que J.K. conseguiu dar um guinada nos acontecimentos, levando a um final emocionante, utilizando metáforas que pretendem mostrar que todo mundo tem um segredo e não é quem aparenta ser. Alguns podem até achar o início da história meio entediante, mas não desistam só por causa disso, vocês não vão se arrepender.


Autor: J.K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2012
Valor: R$23,71 a R$49,90
Avaliação: Excelente.

7 comentários:

  1. Claro, J.K. Rowling. Obviamente a história tinha que ser amazing!
    Bjo

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  2. Já era de se esperar da JK né, HAHA
    Deve ser muito bom mesmo!


    http://www.garotasmalvadas.com/

    Gostaria de divulgar seu blog para vários outros blogueiros?
    Visite: http://www.facebook.com/groups/389178984497486/

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  3. Vou confessar que no início estava muito curiosa em ler esse livro. Nunca li Harry Potter (ok, me mate) mas realmente nunca me chamou a atenção.. Devo ser um E.T porque nunca vi alguém falar que não gostava ou que não leu Harry, mas enfim. Estava até com vontade de ler Morte Súbita, mas sabe que agora não está me chamando tanta atenção? Claro que eu vou tentar dar uma chance pro livro da J.K mas não lerei com muitas expectativas. Espero que me surpreenda! hehe
    Beeijos,
    leitoraobsessiva.blogspot.com

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    Respostas
    1. Eu tbm nao li nenhum do harry.. mas adorei os filmes... e talvez um dia quem sabe eu leia rs.. mas li Morte Súbita.. no começo tava bacana.. no meio fiquei meio intediada, mas pensei ela tem um motivo pra detalhar tão bem a vida dessas pessoas... e o fim me supreendeu! vale a pena.. eu li a parte 5 e a 6 no mesmo dia pq nao conseguia parar de ler! é bom v vai gostar! rs

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  4. O_Fantasma_de_Barry_Fairbrother2 de janeiro de 2013 às 15:34

    Bem, acho a trama fascinante, um "insight" no mundo contemporâneo do Reino Unido, e fico contente de que você não tenha, como algumas resenhas que já tive o infortúnio de ler, mencionado o que uma leitura superficial taxaria como "clichê".

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  5. Olá, você é de São Paulo? Você gostaria de participar de uma discussão sobre o livro Morte Súbita da J.K. Rowling na sede da Saraiva Conteúdo em São Paulo para um vídeo para o site? Se sim, é só me contactar por laissadbm@hotmail.com. Beijos

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  6. Eu também fiquei confusa com o início do livro. Cheguei até a abandonar, mas depois tomei coragem e voltei a ler. Só fiz isso porque era J. K. Também aprendi a apreciar livros com Harry Potter e seria um sacrilégio não ler o livro.

    E quando cheguei ao fim... fiquei de boca aberta.

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