Autor(a): Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
ISBN: 9788542801255
Páginas: 325
Tradutor: Caio Pereira
Ano: 2014
Skoob
Avaliação: 5/5 + ♥
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Editora: Novo Século
ISBN: 9788542801255
Páginas: 325
Tradutor: Caio Pereira
Ano: 2014
Skoob
Avaliação: 5/5 + ♥
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Existem livros que podem ser classificados como “apenas mais
um na lista”, os que não fazem muita diferença na forma de enxergar a vida. Mas
existem aqueles que chegam devagar, como um aluno tímido novo e que aos poucos
preenchem espaço na sua vida e você percebe que não sabe como ficou esse tempo
todo sem conhecê-lo. Foi isso que aconteceu comigo durante a leitura de Eleanor & Park. Confesso que de
início tive receio com o livro, pois todas as opiniões que eu havia lido tinham
amado a história e eu fiquei com medo de ele ser só mais um.
Eu não sei em qual ponto me rendi de vez à história, acho
que aconteceu como com os dois personagens, aos poucos eles foram me conquistando.
Eleanor com seu jeito pouco convencional poderia facilmente ser a aluna nova da
minha escola no ensino médio, assim como Park poderia estar lá. E é isso que
torna a história diferente, o fato de encontrar dentro da ficção personagens e
sentimentos reais.
Uma coisa que sou apegada nos livros são os detalhes, e o
livro é cheio deles, pequenos, daquele tipo que podem ser enxergados nas
entrelinhas. E esses detalhes formam um conjunto lindo, é a descoberta do primeiro
amor, a timidez quando os dedos se entrelaçam pela primeira vez, a incerteza do
primeiro beijo e a (in)segurança do primeiro “eu te amo”. Cada um dessas pequenas
coisas tem seu poder, um pequeno gesto como brincar com uma mecha do cabelo faz
diferença. Acho difícil definir quando o “gostar” passa para o “amar”. Quando
descobrimos que nem todo mundo é perfeito, quando descobrimos que o que nós
odiamos em nós mesmo, outra pessoa pode gostar.
E é isso que acontece na história, em pequenos detalhes, em
gestos e palavras significativas, Eleanor e Park descobrem o amor, a ansiedade
da espera, a saudade. A história se trata dos dois, mas não é apenas sobre os
dois, existem as partes difíceis da vida de Eleanor, as partes menos
complicadas, mas nem tanto, da vida de Park. E tudo isso colide no final, o que
me chocou, porque não era o que eu esperava.
Não sei dizer bem, mas chegando perto do final eu estava chorando,
acho que pelo livro ser real, pela história não ser tão assim “de mentirinha”,
ser algo que poderia (e na verdade pode) acontecer com alguém próximo, ou com
nós mesmos. Me deu um nó na garganta, um aperto no coração, porque é uma
história linda, mas a realidade sempre vem e tira a parte encantadora, mesmo
que mantendo um pouco.
Eleanor & Park não foi, nem de longe, apenas mais um na
lista. Ele é um dos poucos livros que me deixou com sentimentos conflitantes no
final, mas é uma história que vou levar comigo para sempre. Eu sorri e chorei,
consegui relembrar como é ficar nervosa apenas por perceber que alguém gosta de
você, dos seus defeitos e qualidades, de como é você é você. Terminei a leitura
com o coração apertado e uma felicidade agridoce, pois queria uma continuação.