[Resenha] Uma corrida mortal contra o tempo e um final surpreendente

Hoje a resenha é do livro 72 Horas Para Morrer, do BookTour que eu estou participando, realizado pela Helana O'hara, do blog In The Sky.

Sinopse: Júlio Fontana é um delegado da pacata cidade de Novo Salto, já acostumado com a criminalidade leva a sua vida, marcada por alguns acontecimentos tristes. Tudo muda quando o carro de sua namorada é encontrado, aparentemente, abandonado em um posto de gasolina.
A partir daí tudo muda na vida de Júlio, pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas Para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.

Resenha: O livro já começa com ação, nos apresentando Agatha e seus sequestrador, de uma forma muito sádica e preparando uma filmagem.
No decorrer da história os personagens vão sendo apresentados e já de início o livro nos apresenta Júlio, um delegado de temperamento explosivo e com a sua vida marcadas por fortes tragédias. Outro personagem curioso na história é Paulo, mais conhecido como Padre Paulo, um padre que foge aos padrões e que a todo momento eu ficava me perguntando se ele não era o serial killer do livro.
Desde a primeira aparição de Laura, filha de Júlio, eu fiquei com a sensação de que ela seria a chave de toda a história, e até certo ela é sim, mas não é a parte principal. Eu ainda não me decidi se amo ou odeio a personagem, em certos pontos é possível entender os seus atos e o porquê dela agir de tal forma, mas em outras mais parece uma criança fazendo birra, e sendo irritante. Apesar de tudo isso uma coisa fica clara, Laura é humana, erra e por vezes entende que errou, a sua participação na história é extremamente importante e o desfecho de sua participação é emocionante.
O que eu gostei muito no livro foi a presença de vários suspeitos e de como as histórias se cruzam, e chega um ponto em que você tem que parar para respirar e conseguir raciocinar, de tanto que entrou na história do livro, que é muito envolvente.

"Toda história tem mais de uma versão, pois toda história tem mais de um ponto de vista. Depende tão somente daquele que a conta. Esta não é diferente. Qual a versão você quer ouvir?" (pág 81)

A corrida desenfreada de Júlio para sobreviver, e evitar maiores perdas, é acompanhada pelas marcações no livro de data e horário, e isso explica o título do livro 72 Horas Para Morrer. Ao final de tudo, no ápice do livro que a história dá uma reviravolta imensa e tudo começa a fazer sentido, por mais louco que pareça. E o que mais surpreende é o fato de que o óbvio não é assim tão óbvio, é a quebra do clichês já conhecidos nas histórias de assassinos, e isso é um ponto muito forte na história.
A construção de todos os personagens do livro é muito bem feita e Ricardo consegue levar a história para dentro da sua mente, deixando o leitor intrigado. Eu não consegui parar de ler o livro até chegar ao final, que é o mais surpreendente possível.
A diagramação do livro é excelente, os erros de revisão que eu encontrei foram pouquíssimos e, como eu já disse antes, a marcação de data e horário no livro é muito boa, assim como a parte das memórias dos personagens, a capa é extremamente intrigante e o design foi muito bem feito.
72 Horas Para Morrer é um livro que prende a atenção do início ao fim, foi um livro que me deixou pensando muito na história e apesar de ter me dado medo em algumas partes ainda assim vale a leitura. Recomendadíssimo!

Autor: Ricardo Ragazzo
Editora: Novo Século
Ano: 2011
Páginas: 254
Valor: R$17,00 a R$30,00
Avaliação: Excelente!