Sinopse: Festa no Covil - Juan Pablo Villalobos - "O romance de estreia de Juan Pablo Villalobos é surpreendente em muitos sentidos. Breve e incisivo ao revelar a face mais violenta da realidade (não apenas mexicana) sob uma ótica insólita, entra no cânone da narcoliteratura sem ceder aos tiques próprios do subgênero. Em 'Festa no Covil', a vida íntima de um poderoso chefe do narcotráfico , Yolcault, ou "El Rey" é narrada pelo filho. Garoto de idade indefinida, curioso e inteligente, o pequeno herói, que vive trancado num "palácio" sem saber a verdade sobre o pai, reconta sem filtros morais o que presencia ou conhece pela boca dos empregados ou pela tevê. Seu passatempo é investigar secretamente os mistérios que entrevê, colecionar chapéus e palavras difíceis e pesquisar sobre samurais, reis da França e animais em extinção, sempre com o auxílio de seu preceptor, um escritor fracassado egresso da esquerda".
Minha opinião: Após terminar a
leitura, fiquei pensando em como explicar o que senti ao ler o livro. Eu
preciso começar dizendo, que esse livro, foi uma troca que realizei pelo skoob,
sem saber muito bem se eu iria ou não gostar de sua leitura ao ler a sinopse.
Eu acredito que devemos nós arriscar de vez em quando e sair do gênero de
leitura a que estamos acostumados. Foi isso o que eu fiz. O livro é pequeno,
não chega nem a 100 páginas, mas o seu conteúdo realmente me surpreendeu.
Ao final da história, temos um posfácio que realmente me ajudou a entender o que eu estava sentindo. O livro se passa pela perspectiva do filho de um chefe do narcotráfico. É interessante ver em sua narrativa, uma inocência, pois ao mesmo tempo em que ele narra fatos que deveriam ser aterrorizantes, para ele faz parte do cotidiano. Por exemplo, uma conversa normal entre ele e o pai é qual a severidade de um ferimento a bala de acordo com o órgão atingido. Isso mesmo, é como se fosse um jogo entre eles: tiro na cabeça? Um... Fatal. Tiro no dedinho do pé, e assim vai. Tochtli (o garoto filho do narcotraficante), narra esse tipo de conversa como se fosse algo natural, como se todos conversassem sobre isso. Ele não percebe que o seu estilo de vida é bizarro (que tem um mini-zoológico em casa, ou vive isolado e com guardas armados em volta da casa?) e é essa inocência que torna o livro bonito e triste ao mesmo tempo. Tochtli ama duas coisas: sua coleção de chapéus, que é descrita várias vezes e que em cada situação ele fala do chapéu ideal para ela, e o sua paixão pelos hipopótamos anões da Libéria (animal esse, que ele deseja incluir no zoológico da casa). O livro, na minha opinião, é uma reflexão, sobre a contradição desse mundo, em que uma criança é protegida até certo ponto, mas mesmo assim a sua inocência não é pura.
Ao final da história, temos um posfácio que realmente me ajudou a entender o que eu estava sentindo. O livro se passa pela perspectiva do filho de um chefe do narcotráfico. É interessante ver em sua narrativa, uma inocência, pois ao mesmo tempo em que ele narra fatos que deveriam ser aterrorizantes, para ele faz parte do cotidiano. Por exemplo, uma conversa normal entre ele e o pai é qual a severidade de um ferimento a bala de acordo com o órgão atingido. Isso mesmo, é como se fosse um jogo entre eles: tiro na cabeça? Um... Fatal. Tiro no dedinho do pé, e assim vai. Tochtli (o garoto filho do narcotraficante), narra esse tipo de conversa como se fosse algo natural, como se todos conversassem sobre isso. Ele não percebe que o seu estilo de vida é bizarro (que tem um mini-zoológico em casa, ou vive isolado e com guardas armados em volta da casa?) e é essa inocência que torna o livro bonito e triste ao mesmo tempo. Tochtli ama duas coisas: sua coleção de chapéus, que é descrita várias vezes e que em cada situação ele fala do chapéu ideal para ela, e o sua paixão pelos hipopótamos anões da Libéria (animal esse, que ele deseja incluir no zoológico da casa). O livro, na minha opinião, é uma reflexão, sobre a contradição desse mundo, em que uma criança é protegida até certo ponto, mas mesmo assim a sua inocência não é pura.
Para aqueles que ainda não tiveram
contato com a narcoliteratura, é uma ótima indicação, pois a leitura flui muito
bem e a história é simples.
Autor: Juan Pablo Villalobos
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2012
Páginas: 82
Avaliação: Muito bom.
Awn! Adorei este livro. Tua opinião me deixou bem curiosa. Obrigada pela dica :)
ResponderExcluirAmei o blog, viu? Parabéns pelo sucesso!
Estou seguindo aqui! Se puder retribuir lá no meu ficarei feliz *-*
http://foolishhappy.blogspot.com.br/
xoxo