[Resenha] Hemlock - Kathleen Peacock

Olá! Sou uma das novas colaboradoras do Blog e espero que vocês comentem e critiquem minhas resenhas para que eu possa melhorar. O livro desta semana 'provocou' muita hype entre e por parte de inúmeros vlogs e blogs desde o mês passado. Recomendado por Kimberly Derting, autora de “Ecos da Morte”, “Hemlock” é a mais nova trilogia sobre lobisomens.

Sinopse:  Mackenzie and Amy were best friends. Until Amy was brutally murdered. Since Then, Mac’s life has turned upside down. She is being haunted by Amy in her dreams, and an extremist group called the Trackers has come to Mac’s hometown of Hemlock to hunt down Amy’s Killer: A white werewolf. Lupine Syndrome – also known as the werewolf virus – is on the rise across the country. Many of the infected try to hide their symptoms, but bloodlust is not easy to control. Waiting desperately to put an end to her nightmares, Mac decides to investigate Amy’s murder herself.  She discovers secrets lurking in the shadows of Hemlock, secrets about Amy’s boyfriend, Jason, her good pal Kyle, and especially her late best friend. Mac is thrown into a maelstrom of violence and betrayal that puts her life at risk.

Resenha:  Amy, Jason, Mackenzie e Kyle formavam um grupo inseparável há anos, porém depois do assassinato de Amy, todos se culpam de alguma maneira se distanciando. Em meio ao clima de pânico provocado por quatro mortos e oito infectados, a perfeita e florida Hemlock se transforma. Alguns se entregam à bebida, como o mimado Jason, outros fingem uma vida normal na esperança de que o grande lobo branco tenha fugido, sido morto, ou levado para um dos horríveis "centros de reabilitação" do governo.

Nem todos os lobisomens são ruins, criaturas vis ou assassinos cruéis. Eles podem aprender a evitar a transformação controlando o medo e a fúria. Só uma pequena parcela deles desenvolvem  a temida “bloodlust”, algo parecido com a raiva, uma sede cega e irracional por sangue e morte.

O pavor não tem lógica, e quando ele se instala em Hemlock, as pessoas são capazes de tudo para manter a segurança. Os Trackers, um grupo de origem duvidosa (supremacia branca) e métodos nada tradicionais (violência pela violência.), ocupam a cidade convidados pelo avô de Amy, um influente senador. Antes defensor dos direitos dos infectados e crítico dos campos, que mais parecem feitos para exterminar que abrigar, após a morte da neta se converteu em um tipo de paladino contra qualquer lobisomem – transformado ou não, sofrendo de “bloodlust” ou não -, só perde em delírio para Branson Derby, líder dos Trackers.

Amy aparece toda noite nos sonhos de Mackenzie, mas não é a verdadeira Amy e sim a parte sombria da consciência de Mac que a tortura e provoca para que faça algo pela falecida amiga. Não é só ela que sofre com a culpa, o luto. Jason também quer fazer algo para reparar o que aconteceu com a ex-namorada. Ele decide se juntar aos Trackers.

Durante um ataque que Mackenzie sofre por ter ferido a masculinidade de um dos Trackers, um lobo marrom a ajuda. É Kyle. Mac se vê pressionada a salvar seus dois amigos: impedir que Jason se torne um criminoso teleguiado pela falácia ridícula de Derby e proteger Kyle de uma possível prisão ou algo pior. Só há uma saída, encontrar o grande lobisomem branco, e assim, oferecer um encerramento ao avô de Amy e forçar a retirada dos Trackers de Hemlock.

Nesse processo, muitas mentiras e segredos vêm à tona, Mackenzie descobre a infidelidade de Amy, que Jason e Kyle estãos apaixonados por ela, que Amy foi drogada antes de ser assassinada, o que descarta a morte por um lobisomem sofrendo de “bloodlust”, que parte do relatório policial sobre o caso sumiu, ou seja, Amy sofreu uma emboscada política. As evidências contra os infectados foram plantadas.

Derby arquitetou esse plano doentio de provocar uma série de ataques para finalmente chegar em Amy e forçar uma legislação mais dura contra os infectados. Para isso ele usou o próprio filho (namorado da prima de Mackenzie), o grande lobisomem branco. Na cabeça perturbada de Derby as mortes serviram para um grande propósito (propaganda): evitar que mais famílias percam seus entes queridos para a epidemia de LS. A vida de Mackenzie corre perigo por saber demais.

Na tentativa de defender  Mac, Kyle mata Derby. Quem é o monstro? Kyle se sente uma ameaça e vai embora da cidade, sem saber o quanto Mackenzie o ama. Ela vai atrás dele, na “capital dos lobisomens” (Denver) e é seguida por Jason, ainda com intenções românticas.

Fica a sensação de que o segundo livro irá abordar mais o mundo dos infectados que se escondem do governo, o relacionamento entre Jason, Kyle e Mackenzie e, provavelmente, um confronto com o filho de Derby que conseguiu escapar.

Gostei do livro, é bem elaborado. A construção dos personagens, o ritmo acelerado e a sequência de ações não desapontam. Só acho que Peacock não deveria ficar presa no que se já convencionou ser a “fórmula perfeita” para romances adolescentes: triângulos amorosos e paixões impossíveis. Até porque esse não é um "Romance Paranormal" adolescente típico, os lobisomens são um pano de fundo para a discussão de questões mais reais.

Ela toca em pontos importantes quando fala de preconceito, o que significa ser humano e os meios válidos para se ganhar uma guerra. O poder do medo e como ele pode ser usado por facções cujas ideologias estúpidas pregam o mais fácil: o ódio no lugar da compaixão e da solidariedade. Vemos isso todos os dias nas guerras genocidas em várias partes do mundo e na mentalidade racista dos militares/políticos que as promovem e dos cidadãos que as repetem.

Título: Hemlock (#1)

Autora: Kathleen Peacock

Editora: Katherine Tegen Books

Ano: 2012

Valor: $17.99

Avaliação: Bom

Bjs!
Isa.