9 de julho de 2012

Eu, livros e etc #2

Olá pessoal, tudo bem?
Mais uma semana começando, recheada de coisa boa, promoção só de autores nacionais junto com outro blogs amigos (confere aqui), semana do Rock e mais um monte de coisa.
Bom, nessa segunda coluna do "Eu, livros e etc" eu vou falar dos livros paradidáticos que eu li ou não li no meu ensino médio. Confesso para vocês, muito raramente eu lia os livros, na maioria das vezes eu pegava o resumo do livro na internet, decorava e ia fazer a prova, porque só cobravam na prova o que tinha no resumo. Eu não me interessava pelos livros, não pelo fato de serem nacionais, mas sim porque eu os achava muito antiquados.
Eu sempre gostei de ler, mas daí eles me colocam para ler Lucíola (desculpa quem gostou do livro, eu não passei do primeiro capítulo) e eu perdi a paciência, sério. Não lembro direito de quais livros eles passaram, eu sei que era um para cada bimestre, logo, 4 livros. Os do primeiro ano, eu não lembro nenhum (até porque eu não li nenhum mesmo). Já os do segundo ano são os que eu me lembro melhor, foram eles Capitães da Areia, Memórias de Um Sargento de Milícias, A Moreninha e O Triste Fim de Policarpo Quaresma.

Desses 4, só li (de ler mesmo, até o final) Capitães da Areia, e não me arrependo nada, Jorge Amado é um escritor exímio, e Capitães da Areia é um dos meus livros preferidos. Memórias de Um Sargento de Milícias eu até comecei a ler, mas aí eu descobri que tinha um filme do livro (muito bom por sinal), fui ver o filme, e desisti de ler o resto do livro, me arrependo de ter feito isso, mas enfim..

No terceiro ano foram apenas 3 livros, por causa de vestibular e etc no final do ano, eu só lembro de dois deles (que eu não li #vergonhadetected): Lucíola e Amar, Verbo Intransitivo.
O caso é que eu gosto de literatura, gosto de ler e tudo mais, e apesar de não ter lido nem metade dos livros que foram indicados para leitura, eu juro que se eu tivesse lido, para eu prestar vestibular eles não acrescentariam em nada. Sim, são clássicos da literatura, e são importantes de se ler, mas os professores de hoje tem que entender que o mundo mudou, e com ele a literatura também (principalmente a brasileira), eu (na minha humilde opinião) acho que o autor nacional (atual) começa a ser desvalorizado a partir do momento que as escolas não admitem a leitura dos livros dos mesmos, e nos colocam para ler livros escritos lá no início do século XX, onde a cultura era totalmente diferente, e ainda reclamam se nós não lemos os livros. Poxa, hoje nós temos autores nacionais excelentes, como a Lycia Barros, seus livros sempre tem uma mensagem importante a ser passada. A Lu Piras é outro exemplo, estou lendo "Equinócio - A Primavera" e posso dizer que é um livro excelente, para todas as idades, e que poderia ser usado como livro paradidático sem problema algum.
Enfim, esse post foi mais um desabafo do meu caso com livros, não estou dizendo que livros antigos não são para serem lido, são sim, mas não com essa questão obrigatória de "você tem que ler porque senão vai reprovar no vestibular" ou coisas assim (que eu ouvi muito durante meu ensino médio), a história mudou e esses livros não são mais as bases de um vestibular, tanto que quando eu prestei vestibular na parte de Literatura e Português caiu "Viva La Vida" (sim, a música do Coldplay) em interpretação de texto.
Eu já me estendi muito, mas o que eu queria falar é isso, sou a favor de uma mudança na questão de livros paradidático, autores nacionais com certeza, mas por favor, livros atuais né minha gente?
Até o próximo "Eu, livros e etc".
Ps.: Ainda tenho a revolta imensa de "A Marca de Uma Lágrima" não ter sido livro paradidático.

4 comentários:

  1. Pouquíssimas pessoas leem os livros obrigatórios do Ensino Médio. Para falar a verdade, "A Moreninha" e "Memórias de um Sargento de Milícias"
    foram os únicos que eu realmente gostei e recomendo não ler apenas um resumo do livro para as provas.
    O resto eu não passava do 2º, 3º capítulo...
    Mas é bem isso aí que você falou, vamos alterar essa lista de livros obrigatórios!

    Até mais.

    http://desbravandolivros.blogspot.com.br

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  2. Belo post, Ananda!
    Concordo que não só de clássicos deve viver um estudante. Precisamos abrir os horizontes e acompanhar o desenvolvimento da literatura nacional. A forma de escrever mudou, a visão do mundo mudou, a cultura se modifica e a literatura faz parte disso. Claro, nós mudamos.
    O importante é estarmos abertos às mudanças para não atrofiarmos nosso pensamento. O importante é valorizarmos o que temos de nosso e estarmos atualizados diante do que o mercado editorial mundial nos apresenta. Os livros nacionais de nova geração (como ouço falar e gostei do termo) fazem parte do contexto e os novos escritores nacionais têm acompanhado as mudanças. Os leitores brasileiros que ainda desconhecem os livros nacionais, dispam-se dos preconceitos e comparações com os clássicos e os estrangeiros e apostem no futuro! O Brasil merece concorrer no mesmo nível dos estrangeiros que entram aqui. A literatura nacional merece espaço nas livrarias do nosso país.
    Vamos ajudar?
    Conheçam a literatura nacional. Divulguem a literatura nacional. Levem para as escolas livros nacionais.
    #apoiado

    Beijocas,
    Lu

    @LuPiras80
    www.equinocioaserie.com

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  3. AMEI essa coluna!!! Mt legal, fofa! Li todos esses que vc citou no meu ensino médio tb... E concordo que A Marca de Uma Lágrima é altamente injustiçado. Bandeira arraaaaaaaaaaasa nesse livro. E claro que Lu Piras podia entrar pra esse hall de livros. ;)

    Beijoooooos

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  4. Gostei muito da Moreninha, foi o 1° livro que li no ensino médio.

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