Daniel Oliveira, mais conhecido como Daniel Bovolento no twitter (@danielbovolento), se define como egocêntrico, chato-inho, diz que não presta e não deve ser levado a série. Ele mantém um blog (http://entretodasascoisas.com.br) desde agosto de 2010, e lá ele fala mais de relacionamento que a maioria das pessoas (como ele mesmo diz). Nessa entrevista você vai conhecer um pouco mais sobre esse cara simpático, que escreve crônicas românticas como ninguém.
1- Você sempre gostou de escrever? As ideias para os seus textos e frases tem algum motivo específico, ou vem de aleatoriedades?
Eu sempre fui meio ligado a um processo de montagem de cenas. Basicamente, eu imaginava cenas e passava pro papel. Tentava sempre entender como o personagem se sentiria ou reagiria ao outro e como aquele sentimento dele se refletia na cena, na história...Isso é influência do teatro, do cinema e da literatura na minha vida. Desde muito cedo eu sou apegado às artes, talvez por um quê egocêntrico de tentar provocar emoções nas pessoas. Pra montar um texto eu preciso de uma frase qualquer, ou mergulhar na melodia de uma música, ou até mesmo conversar com alguém. Uma palavra ou algo do tipo já despertam a vontade de escrever. Na maioria das vezes não há um motivo concreto mesmo.
2- Quando você começou a postar seus textos na internet, você imaginava o sucesso que eles fariam? E em relação ao seu twitter, como é ser seguido por mais de 5 mil e ser meio que um exemplo para todos os cafajestes de plantão?
Nunca imaginei isso. O meu blog era pra servir de termômetro para um projeto chamado "Entre as mulheres". Eram textos com nomes de mulheres que falavam sobre uma característica geral personificada na personagem, mas que cabia a qualquer outra mulher que lesse o texto. Com o tempo, pessoas foram me lendo e gostando do que eu faço. É um pouco assustador esse crescimento que está rolando com o blog. No twitter, eu sou um chato. Me surpreende que mais de 5 mil pessoas me sigam. Posto sobre a minha vida, sobre aleatoriedades e tem sempre uma galera fiel por lá que debate e compartilha comigo coisas bacanas. Sobre o "canalha romântico"...não acho que os cafajestes se espelhem nesse meu modelo. Mas acabam aprendendo alguma coisa com ele, sem dúvida nenhuma.
3- Você sempre fala que é um canalha romântico e que não deve ser levado a sério, como é sua reação quando as pessoas acham que você realmente vive o que escreve nos seus textos?
Acho curioso. É engraçado receber e-mails de conforto, gente tentando me consolar, gente me xingando e me chamando de idiota, covarde e etc. Acham que eu realmente sou o cara dos textos, por mais fictícios que eles sejam. Mas isso é bacana. Mostra que eu passo credibilidade e que as pessoas acreditam. O canalha romântico é uma grande contradição. Ele traz uma definição do homem do século XXI que continua com as características masculinas bem marcadas, mas se deixa levar pelo romantismo, pelos questionamentos sobre amor e relacionamentos. E quando eu digo que não devo ser levado a sério, também é uma grande contradição. Porque daí podem desconsiderar o aviso, caso ele seja verdadeiro hahahahaha.
4- Você tem vontade de escrever um livro? O tema seria sobre relacionamentos mesmo ou envolveria outros assuntos?
Estou escrevendo a minha terceira tentativa de livro. Comecei um com 16 anos e parei na metade. Era um romance adolescente que, com o tempo, percebi que não tinha mais muito a ver comigo e com o meu modo de escrever. Depois, comecei a escrever o segundo livro. Também parei nesse porque faltavam as definições fechadas de personagens e isso demandaria tempo (construção de roteiro, avaliação de personagens, etc). Então, agora, estou escrevendo um livro de crônicas inéditas (e algumas do blog também) para tentar publicar daqui a algum tempo caso haja interesse de alguma editora. O tema gira em torno de relações humanas, não só afetivas. Vai falar sobre relações "Imaginárias" de diversas formas. Espero que saia coisa boa por aí.
5- Como é ter algumas fãs loucas te enchendo no twitter e se declarando para você?
Fãs? Não acho que tenha fãs, hahahaha. Acho que tenho algumas pessoas que gostam do que escrevo e simpatizam comigo. É um carinho grande, sabe? Uma troca. Eu não teria obtido metade do que eu consegui até hoje se não fosse por quem me lê. Escritor é assim: a gente deve tudo a quem nos lê. E são eles que me motivam a continuar escrevendo. Mas é engraçado quando algumas gurias enviam e-mails apaixonados e mensagens um pouco mais picantes, principalmente o público mais adulto que me lê no Casal Sem Vergonha. Meu ego agradece, claro! hahahaha
6- Você diz que adora todas as mulheres, das gordinhas às magrelas, agora me diz, você tem algum tipo de mulher ideal?
Acho que todo mundo tem o seu ideal. Meu ponto fraco são as morenas, meio alternativas, meio misteriosas. Algo como a Summer de "(500) dias com ela", que é meu filme preferido. Gosto de gurias com estilo, mas se rolar aquela argola no nariz, franja e uma camisa xadrez, eu peço em casamento. Meu modelo ideal é esse. Mas não diria que é o meu modelo perfeito. Acredito muito que a mulher ideal é aquela com quem você quer estar, independente de tipo físico. O que importa é a química e o que sentem um pelo outro.
7- Como foi ter um texto seu indicado pelo @Outros500?
Então, eu entrei pro @Outros500 recentemente. Tenho poucas postagens por lá. Mas foi uma surpresa. Em pouco tempo, eles indicaram um dos meus textos mais polêmicos do Casal Sem Vergonha e recebi grandes elogios e contribuições depois dessa exposição. É um projeto muito bacana, com muita gente boa envolvida. Espero poder contribuir com projetos meus e outros que seleciono pra galera.
8- Cara, você é realmente simpático nas redes sociais, mas me conta alguma mulher alguma vez te passou pra trás?
Todo mundo já foi passado para trás. Eu tive amores naõ correspondidos, amores que me trocaram, alguns que me fizeram de otário. Todo mundo já viveu isso. Eu era um daqueles caras meio sem vergonha e meio lesado. O cara popular, mas fora dos padrões de beleza que todo mundo quer. O romantiquinho que conseguia ficar com quem queria, depois de algumas investidas, mas que era desprezado no ensino fundamental. Até hoje eu me pergunto, às vezes, como é que tem gente que me dá mole? Eu sou um completo cara normal, fora dos padrões, que escreve sobre relacionamentos e pareço um eterno frustrado.
9- Bom, era só isso, alguma dica pra quem quer ser escritor, tá na luta e não consegue?
Eu ainda tô na luta e espero conseguir realizar, pelo menos, metade do que planejo. A dica é: estudar e busacr referências sempre. Na música, na literatura, no cinema, nas artes e nas pessoas, principalmente se você for falar sobre comportamento. Tente publicar colaborações em locais bacanas. Hoje em dia existem muitos sites que aceitam boas contribuições. Serve para disseminar o seu nome. E utilize bem as redes sociais. Elas são uma arma e tanto para atingir públicos.
E queria agradecer pelo carinho do blog e pelo convite da entrevista. Espero ter respondido tudo e mostrado um pouco do que eu faço por aí. Se alguém quiser conversar, trocar ideias ou saber mais, só chamar nas redes sociais que eu respondo. Demoro um pouco, mas respondo. Beijo grande, gurizada! ;)
E queria agradecer pelo carinho do blog e pelo convite da entrevista. Espero ter respondido tudo e mostrado um pouco do que eu faço por aí. Se alguém quiser conversar, trocar ideias ou saber mais, só chamar nas redes sociais que eu respondo. Demoro um pouco, mas respondo. Beijo grande, gurizada! ;)
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Daniel Oliveira